23 de agosto de 2010

PESSOAS QUE FAZEM UM MUNDO MELHOR

Quinta, enquanto esperava meu neto terminar a aula de violino, fiquei na biblioteca a ler no jornal, crônicas do José Carlos dos Santos Peres – um excelente escritor e poeta daqui da região. Elas lotavam a página. Uma falava de o dinheiro brasileiro apresentar vestígios de cocaína, outra discorria sobre velhice e previdência, uma terceira tinha detalhes sobre futebol e assim por diante o assunto variava de modo a distrair-me de forma diferente.
À noite, depois de ter ouvido horas da boa música irradiada pela Cidadania, assisti ao filme: “As filhas do Vento” na TV Brasil.
As ocorrências desta quinta me obrigam a reconhecer que pela criatividade de um cronista e de um cineasta o dia tornara-se maravilhoso. Pois, como pode alguém escrever tanto, muito bem e de forma variada num só dia. Como pode um cineasta produzir um bom filme baseado só num pequeno mal entendido, com fatos do cotidiano, com gente corriqueira, num lugar comum – sem heróis ou bandidos, sem tiros ou grandes personalidades. Pois é, há que se perceber que são estas pessoas que tornam, sutilmente, o mundo melhor.
Se por um lado há quem faça o mundo melhor, há outros que entulham a mídia com filmes, reportagens, programas que, por mais que evitemos, acabam nos infundindo as vibrações mais baixas do nosso ser. Que a pretexto de alertar-nos, informar-nos, distrair-nos até salvar-nos acabam inconscientemente, fazendo apologia à baixaria, às drogas, à violência e inclusive a um apartheid religioso e social.
Acaba-se sentido e mesmo crendo que a vida é só isso. Só falta agora a gente passar a ter medo de vampiros.
Eu moro em Avaré e é lógico que aqui tem tudo o que tem por aí. Mas tem, sobretudo e muito mais, operários, escritores, poetas, músicos, atores, artistas plásticos transformando em melhor e mais bonito o nosso planeta.

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