10 de março de 2011

LUCUBRAÇÕES DE UM NOTÍVAGO

É madrugada,
O pensamento pulula
A mente varia
Invade a alma
Um universo
Conto, crônica,
Prosa ou verso?

Não tenho tema fixo
Nenhuma consistência
Falta-me existência
Não durmo
E a cabeça?

Falta-me meditação
Um pouco de ação
O mundo é bonito
Mas o homem o faz feio
Sinal dos tempos?

Cultuam o corpo
Nunca o caráter
O programa é sexo
O valor é consumo
Nada tem nexo
Ninguém entra no prumo
A humanidade
Perdeu o rumo?

Calvino está a solta
A igreja valoriza a riqueza
O negócio é na “moita”
O culto é exterior
Onde está o amor ao próximo?

Nada é consistente
A droga prolifera
Amor não é tão resistente
Os homens
Tornaram-se fera?

Criança não brinca mais na rua
Mulher mesmo, é bom nua
Tomo um banho de lua
O fulano responde:
É a tua!

O pensamento não se ordena
Minha mãe está na cama
Virou vegetal
A consciência me condena
E coisa e tal

A insônia é um problema
To ficando louco
Qualquer dia eu morro
A vida passa num sopro

Não consigo me ater a um só tema
Minha ânsia é extrema
Escrevo, pinto, esculpo?
Aboliram o trema?
E bla, blá, blá.

R. Prata - (Sempre louco)
P.S. Olha! Esse tema já entupiu o saco e todo mundo já o conhece. Penso mesmo, que nada novo consigo escrever.