10 de março de 2011

QUANDO O SOL ADORMECE














O Sol adormece no pé da rua
Nada tão sublime e íntimo.
À noite, a Lua me agasalha
E eu, sonhando com as luzes do entardecer,
Acordo,
Transcendo,
Procuro a palavra chave,
A senha da alma,
O sentimento profundo.
Palmilho versos,
Garimpo vocábulos,
Abstraio metáforas.
Astros nublados pipocam
No céu de minha alma,
Percorro as sílabas
Uma a uma.
Que a Lua conceda-me
No labirinto das palavras
A frase perfeita;
Como quem responde ao apelo do espírito,
Como quem viaja nas profundezas da alma,
Como quem salta ao infinito universo,
Como quem fica suspenso nas estrelas,
Na cadência do universo.
R. Prata