4 de maio de 2011

PAULISTANOS
O paulistano tem jogo de cintura.
É um sobrevivente,
ninguém o segura.
Anda como pingente.
Não me empurra.
Vive um caos urbano,
enfrenta desemprego, assalto.
Respira gás  metano.
Tem palhaço no asfalto.
Tem crack, bolinha, coca-cola
Tem na praça o pregador religioso,
o mendingo pedindo esmola,
salgadinho gostoso,
o negro de Angola.
o transeunte com o cachorro asqueroso.

É em Sampa, onde convivem os povos em paz.
Tem ateu,
gente que faz.
Tem judeu, árabe e o Sr. Irineu.
Tem bairro japonês,
todos os museus.
Tem gente do Paraná,
ingleses,
franceses bebendo guaraná.

SP tem o nordestino
na construção,
o homem sem destino
o gaúcho da pradaria,
o carro na contramão,
o português da padaria.
Tem italiano,
                libanês,
                       pernambucano.
SP de todos os pratos,
                de todos os temperos,
                           de todos os fatos.

SP tem gosto,
tem sabor.
Na Praça Buenos Aires
encontrei o meu amor.

Eu, Rubens