1 de agosto de 2011

AQUELE PEDAÇO DE IPÊ ROXO


Um desgosto profundo me abate,
Os livros nada mais me dizem,
Aquele filósofo perdeu a palavra,
A curiosidade secou.

Um vazio me inunda,
As contas ficaram,
Não tenho bandeira,
O corpo pesou.

Não fui a Paraty,
Nem vou sair daqui,
Minha arte estacou.
Penso:Já morri!

Um pedaço de ipê roxo me arrepia,
Aguardando que o esculpa.
É duro, fétido e me dá alergia.

R. Prata

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