17 de outubro de 2012

AH! COMO SERIA BOM SE ESSE VELHO MUNDO ACABASSE



A princípio, haveria apreensão, lamentações pelo fim do velho mundo. Apegados aos bens terrenos estariam mortos, pelo desespero de perder suas posses. Outros sucumbiriam pela incompetência em controlar seus ímpetos.

Já dizia o mestre: “Bem aventurados os mansos e pacíficos porque eles herdarão a terra”.

Ficaríamos sem energia, sem satélites e consequentemente sem saber nada da vizinhança, muito menos do mundo. Acabar-se-ião as grandes corporações. Logo, não  existiria, laboratórios, bancos e indústria alimentícia.

“A espoliação dos recursos do planeta, a abundante produção de energia ou de mercadorias, o lixo e os resíduos do consumo ostentoso hipotecam a possibilidade de sobrevivência de nossa Terra e das espécies que nela habitam.”

A vida na Terra teria de reorganizar-se de forma bem diferente e seria  justamente esta a maior realização dos herdeiros do planeta que deverão solidarizar-se completamente para reestruturar-se em seu novo mundo.

Certamente, profissões, tidas como importantes, terão desaparecido já que não existirão instituições que as utilizem. Obviamente, não haverá o medo de perder o emprego, a contaminação por produtos químicos, os alimentos industrializados cuja química acarretam doenças, a poluição, governos, patrões, corruptos e.,
  banqueiros a praticarem usura contra o estado e a população,

“Esses imbecis das corporações e determinados políticos tentam convencer-nos de que uma simples mudança em nossos hábitos seriam suficientes para salvar o planeta de um desastre.
Enquanto nos culpam continuam poluindo sem cessar, nosso meio ambiente e nosso espírito.”

Nesse novo mundo a doceira fará compotas em sua própria cozinha. O cozinheiro oferecerá os pratos do dia em sua morada, o fabricante de calçados estará na sua sapataria, a costureira costurará para sua comunidade com tecidos que o tecelão fará no fundo do quintal.

‘’É o homem inteiro que é condicionado  ao comportamento produtivo pela organização do trabalho, e fora da fábrica ele conserva a mesma pele e a mesma cabeça.’’

Em virtude do fim das grandes corporações causadoras de todo tipo de doença teremos muito pouca patologias sendo cuidadas com manipulações de substâncias na própria comunidade. Serão de maior relevância as massagens, fitoterapias, acumpunturas, yogas, exercícios diversos, passes.

Sem o império do capitalismo, as tecnologias escondidas pela cobiça e ambição dos poderosos estarão disponíveis. Portanto,  teremos formas novas de energias como a do hidrogênio, a gravitacional, magnética.
Hoje, já há descobertas suficientes para produzir energia tanto para uso em casas, como para movimentar veículos.

‘’O urbanismo é a tomada do meio ambiente natural e humano pelo capitalismo que, ao desenvolver-se em sua lógica de dominação absoluta, refaz a totalidade com seu próprio cenário.’’

Bom, escrevi este lacônico comentário porque há meses tenho vivenciado um conto que desejava escrever, trata-se da história “Vila dos Botocudos” onde os moradores do antigo bairro das Paineiras em Avaré  vivem uma nova e diferente vida após um cataclismo mundial. No entanto, o conto exigiria muito tempo para ser escrito, tempo este, que não tenho tido apesar de até sentir momentos de êxtase ao vislumbrar esta nova sociedade.

Acontece que creio plenamente na possibilidade de um mundo melhor, onde as pessoas não viveriam sob o estigma do medo da doença, do desemprego, da violência, da fome. Onde os homens saberão que são as empresas que precisam dele e não eles das empresas, que a maioria das doenças origina-se na falta de escrúpulo dos fabricantes de alimentos, dos venenos colocados no solo e aplicados nos animais, que a miséria e as crises são forjadas pelos banqueiros. Onde o ser humano terá conhecimento que existem até laboratórios evitando a cura definitiva, criando vírus e depois o remédio,  que o custo de suas drogas caríssimas é extremamente baixo. Perceberão o quanto são manipulados pela mídia e pelos governos e quantos crimes e horrorosos sofrimentos não acontecem e se propagam por desejo e empenho de alguns poderosos, cujo único e absoluto interesse é só dinheiro e poder.
Neste, novo mundo o homem compreenderá o planeta como um paraíso, um presente da criação, um ente vivo  a ser curtido, respeitado e cultivado por ele e não como algo a ser explorado até a plena exaustão.

“Mostrar a realidade, tal qual é na verdade e não tal como mostra o poder, constitue a mais autêntica subversão.”


Assim compreendem os viventes na “Vila dos Botocudos” onde o dinheiro será apenas um bônus chamado: “Caiowas” auferido às pessoas pelo tempo de dedicação ao trabalho dedicado a outras pessoas, bem como, pelo esforço de conhecimento que este trabalho exigiu.

Estando livres do consumismo incrementado pela mídia e do enorme tempo exigido no trabalho para pagar dívidas acumuladas os moradores da Vila imaginária, dedicam seu tempo usando a manhã  em casa, para hortas, flores e cuidados em geral, o período da tarde, dedicam à comunidade para produção de artefatos, ensino e tudo o que precisam para viver, á noite para a distração, exercícios, estudos e tudo o que atrai e agrada a alma.

A criatividade dessa sociedade ganha extrema importância, pois que falicitará a vida ou encantará  a existência tornando o mundo mais belo.

Na  Vila dos Botocudos, as ruas não terão nomes de “coronéis ou personalidades violentas”, mas de flores, músicas, poetas, árvores, pois o culto à personalidade deixará de existir.

‘’Meu otimismo está baseado na certeza que esta civilização vai desmoronar.
Meu pessimismo está em tudo o que ela faz para arrastar-nos em sua queda’’

Rubens Prata

NOTA: Estes comentários estão baseados em alguns livros como: 1984 de George Owel, Guy Debort – A Sociedade do Espetáculo, Cristophe Dejoues,
Nietzche,Denis Diderot vídeos do You Tub: http://youtu.be/IK8uxMcN5cI, site: Maria Lucia Fattorelli: Estado máximo, só para os bancos,  http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/fraudegananciaeusura.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=bQE9NGljtqg&feature=share vídeos como a corporação, Da Servidão Moderna – Jean Françoies Brient, A era da EstupidezAA
A corporação, A conspiração e outros.Alguns postados neste blog.

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