4 de maio de 2011

3 de maio de 2011

COMO SERIA SEM MINHA COMPANHEIRA


Como dizia o Vinícius:
“Eu sem você não sou ninguém”.
Sem você sou o dia sem sol.
A noite sem sono.
Um colibri a procura de flor.
Um espinho a procura da rosa.

Sem você não sou ninguém.
Só um homem sem sonho,
Um mar sem  água.
Um barco sem rumo.
Sem você não sou alguém.

Sem você . Sou quem?
Só um escultor sem criação.
Um músico sem emoção.
Uma bomba a espera da explosão.

Sem você...
Não sou ninguém.

Eu, Rubens

2 de maio de 2011


Tem gente que está morta. Vazia.
Sem nada a dizer.
Estou cheio. Só espero não dar azia.
Por estar transbordando, escrevo.
Escrevo aos meu amores;
esposa, filhos, netos, amigos internautas.
Palavras que sejam flores,
para encartar mesmo inimigos e até astronautas.

Amar não é sofrer,
Viver é pensar,
Amar é viver.
É realizar o que manda o coração.
É ouvir a que clama a alma .
É nunca ter sempre razão.
Amar , é ter um pouco de calma.
É também chamar a atenção.
Dar bronca
e sentar a mão.

Que loucuraaaaa!
Eu, Rubens
(batendo pino) 

ELES NÃO USAM BLACK TIES


Eles não usam Black Ties
São só padeiros que fazem o pão nosso de cada dia.
Eles não são os tais.
São só lavradores trazendo alimentos à nossa mesa.
Elas não são os doutores da medicina.
São só mães carinhosas, cuidando das meninas.
Eles não são engenheiros.
São só os que constroem nosso lar.Os pedreiros.
São só carpinteiros que cobrem nossa casa.
Elas não estão no topo da mídia.
São só cozinheiras, na frente do fogão fazendo nossa comida.
Eles não são banqueiros.
São só aqueles que limpam nossas ruas e recolhem nosso lixos.
São os garis e os lixeiros.
Eles não são usineiros.
Ela é só uma imprescindível costureira.
Eles não são advogados, deputados.
Legisladores, legislando em causa própria.
Eles são só: educados, humildes, trabalhadores.
Eles usam Black Tiés
Felizmente. São só os garções que põem nossa mesa.
 

Eu, Rubens

O POEMA QUE NÃO SAI


Quero escrever um poema,
Um poema que fala da vida.
Mas a vida é boa!

Quero falar da dor do existir.
Porém, não vivo desgraças.
Poderia mesmo até fingir,
Pra mim... Mentira não tem graça.

Quero falar de amor
No entanto, minhas paixões
não são daquelas
que se cantem em poemas.

Meu amor é diferente
Não amo nenhuma mulher.
Amo só uma.
Amo meus netos,
filhos e amigos.
Amo meu trabalho,
a vida, o mundo.
Penso mesmo, que amo a Deus.

Quero escrever um poema
Mas é preciso um bocado
de tristeza.
Agora, só posso dizer:
Obrigado meu Deus
Obrigado meu Deus
Obrigado meu Deus
Obrigado...
R. Prata

29 de março de 2011

AMOR DEMAIS

Gostar das tuas orquídeas
Mesmo quando elas não se mostram
Gostar da tua conversa
Mesmo quando nada tens a falar
Gostar das tuas violetas
Nos vasos esparramados pela casa
Gostar de ouvir seus desejos
Mesmo quando não os revela
Gostar dos teus cabelos
Mesmo quando não o arrumas
Gostar de estar contigo
Mesmo quando estás longe
Gostar dos teus segredos
Mesmo que não sejam segredos para mim
Gostar das tuas histórias
Mesmo que as tenha sempre ouvido
Gostar das rosas num copo
Mesmo quando não as coloca
Gostar de perscrutar os seus sonhos
Mesmo quando não os lembra
É tudo o que eu quero
É tudo o que eu vivo.
R. Prata

OPZ!

Despenquei a falar
Não sei de quê
Não sei por quê?
Despenquei a falar
Sem beira,
Sem eira,
Não sei porque
Falo sem estribeira
Asneira
Minha mãe morreu ontem
Não sei o porquê
Falo besteira
Sem ponto nem vírgula
Sobre o que não tem palavras
Das lágrimas que não produzem águas
Das poucas e pequenas mágoas
A vida não é brincadeira
Morte, alegria, tristeza
São a sina verdadeira
A vida é uma luta
Ninguém me escuta
Meu Deus me acuda
Não sei se é um RAP
Mais sei que o duro
É que Homem maduro
É sempre um doente
Esperando a morte chegar
Esperando a morte chegar
R . Prata

Espelho, espelho meu.
Existiria alguém mais egocêntrico do que eu?
R. Prata
Trago dentro de mim
Um montão de histórias para contar
Das viagens que pensei em fazer
Das aventuras que não realizei
Das paisagens que observei
Da janela do meu ateliê
Das lutas que não lutei
Das mulheres que não amei
Dos livros que nunca li.

Traga dentro de mim
Um montão de histórias
E, por mais que já as tenha contado
Nunca terão fim
E embora sempre novas
Serão sempre só pedaços de mim.
R. Prata

Tenho palavras esquentando no forno
Espero que logo fiquem prontas
Com temperos de versos e recheios de amor.

Tudo. Apenas faço
Não penso no lucro. Apenas faço
Faço porque quero
Faço porque amo
Faço porque sou menino a brincar
Faço porque me deslumbro
Faço porque encanto
Faço porque sou louco,
Anarquista, anormal.
Apenas faço, sem pensar na vantagem.
O resto...
O Criador faz por mim.
R. Prata

Amor, amor, amor.
O ápice da realização humana.
R. Prata

CANTO


Nessa hora do planeta
Na penumbra
Um voz canta
Canta um canto diferente
Canta um canto mudo
Para o insensível
Um canto doce
Para o apaixonado
Um canto de coragem
Para o exausto
Um canto de silêncio
No compasso do meu coração
Um canto explosão
Retido nas profundezas da alma
Um canto  triste que:
Não sai, não sai, não sai...
R. Prata

24 de março de 2011

Escultura realizada por Rubens Prata
A estética é ainda mais importante que a ética na formação de uma criança.
Dizia Oscar Wild

 Sem estética vc não produz seres com todas as suas possibilidades, emocionais, afetivas, intelectuais.


UM DIAMANTE AZUL NA IMENSIDÃO DO UNIVERSO
Um privilégio agradável  do século vinte e um é receber E-mails bem humorados, trazendo imagens dos lugares mais lindos do planeta, artes plásticas, o capricho de certos homens; acompanhados de maravilhosa música de artistas fora da mídia.
São detalhes que escapam ao interesse comercial, aos desejos de nivelar por baixo a raça humana.
.
Vê-los com encanto e discernimento leva-nos a concluir que o paraíso é mesmo aqui, a começar pela imagem da Terra no espaço – um diamante azul na imensidão do universo. Afinal, se o Criador pôde vestir tão bem um simples lírio do campo o que não daria aos homens?

Para vivermos bem, bastariam poucas coisas como: gado, galinha e para variar um pouco, três tipos de peixes, algumas hortaliças, três tipos de frutas. Para alegrar nossa vista, uma dúzia de estrelas, uns pássaros pelo céu. Mas não! O Criador fez questão de dar-nos variedade extrema, abundância infinita, beleza a perder de vista.

Infelizmente – sugestionados pelos grandes conglomerados industriais – o ser humano só tem olhos para o consumo. Para o ter e não para a vida. Não é de se estranhar tanta competição, ansiedade, deseducação, violência, corrupção.

O ser humano é lindo e também co-criador de maravilhas nesse território terráqueo, mas é equivocado em relação ao propósito da existência humana, é equivocado em relação aos reais valores da vida. Esses equívocos não são por acaso, resultam da construção de uma sociedade mercantilista que vem sendo montada a séculos somadas a uma proposital e crescente instituição da ignorância.

Como se não bastasse, no fim da guerra, grandes grupos empresarias – com assessoria muito competente – combinaram que para a produção continuar a crescer dever-se-ia estimular o consumo e produzir bens cada vez mais descartáveis. Assim a produção se perpetuaria a fabricar cada vez mais novos produtos. Nem mesmo se cogitou, de melhorar a educação, a saúde, o saneamento, a moradia. Muito menos de se criar uma sociedade sustentável.

Está certo, as imperfeições da natureza humana pioram esse paraíso terrestre, mas esse equívoco da produção & trabalho multiplicam tais imperfeições ao infinito.

R. Prata
OBS: Não coloquei fontes, e mais detalhes para não esticar em demasia o assunto que já é bastante cansativo. Mas espero provocar reflexões produtoras de melhores caminhos para existência de todos nós.
É mais eficaz uma hora no bosque do que uma hora no psicanalista
O padeiro retira uma fornada
O aroma do pão no ar
Abre o apetite do bairro
O leiteiro traz o leite
Ainda quentinho da fazenda
A professora ministra a aula
A Dona da casa
Prepara o almoço
Com temperos de carinho
Manjericão, salsa, cebolinha, alho
Eles não têm títulos
Não possuem fortunas
Nem pleiteiam posição de poder
Mas cumprem o propósito da vida

R. Prata
A chuva despenca desesperada
A árvore de braços abertos agradece
O campo veste-se de verde
O rio engorda
R. Prata

O PARAÍSO É AQUI

Por do Sol na represa em Avaré
Nunca parti
Do pedaço que escolhi
Quando era novo
O medo
Não me deixava sair daqui

Agora velho
Cheio de fé e coragem
Por causa da saúde
Continuo por aqui

Vejo as fotos
Dos lugares do mundo
Convenço-me
O paraíso é a Terra

O tempo mostrou-me
As vidas que não vivi
Mas o que importa
Se as rosas desabrocham
Na minha porta

O que importa
Quando o Sol adormece na minha janela
As maritacas
Reclamam de boca torta

O tempo mostrou-me
O dourado ipê do vizinho
O amor do neto pequenino
O paraíso que existe a nossa volta